Expedição: Big Bear Lake

Taianá Paim Kretzer passou um semestre de sua vida morando em Big Bear Lake, nos Estados Unidos, e nos conta como foi trabalhar em uma estação de esqui

01/01/2018 Expedição Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

Ainda menor de idade, com dezessete anos, Taianá decidiu ir viver sua experiência estrangeira na companhia de dois amigos, indo passar um tempo nos Estados Unidos. A proposta era dar aula de esqui para as crianças, ou seja, passar o dia todo pisando na neve, o que foi o desafio inicial para a adolescente que sempre preferiu verão e praia.

São tantas as diferenças entre os países e o modo de vida do brasileiro e do americano que, na cabeça de Taianá, muitas coisas não faziam sentido. “Na época eu tentava entender como aqui no Brasil não aprendemos a respeitar as nossas necessidades. A cultura do consumo nos cerca de uma maneira tão forte que não temos espaço para nos questionar sobre o que realmente precisamos. Nos EUA existe um respeito a isso e se hoje chegamos na Apple querendo um celular X, os vendedores nos perguntam com o que trabalhamos, se realmente precisamos de um IPhone X, ou se o outro mais em conta não seria melhor. E se você insistir, sem necessidade, é capaz dele te achar um sem noção. É um país justo, respeitoso e honesto. Cada um, independentemente da sua área, respeita as necessidades do outro com seriedade. Os valores são diferentes”, reflete.

Como todo mundo sabe, os Estados Unidos são especialistas em fast foods e refeições gordurosas. Por isso, antes de ir viajar, Taianá prometeu não ingerir esses alimentos e conseguiu se alimentar bem. Da amizade que fez com os mexicanos, descobriu a comida mexicana, cheia de cor e temperos harmoniosos.

“A comida americana tem uma agressiva e tentadora artificialidade. Os gostos que não tem bases reais e aromas verdadeiros nos ludibriam junto com a tonalidade dos alimentos. Era enjoativo aquele gosto forte diariamente. Não por ser ruim, pelo contrário, por serem boas demais. Eram perfeitas, lindas e pareciam de mentira, e eu gosto de coisas reais”, diz a viajante.

Mas para aqueles que forem esquiar na cidade de Big Bear Lake, a conterrânea cita um restaurante que se chama Tedy Bear, o qual serve a melhor Apple Pie (torta de maçã) da região, sendo um local aconchegante, simples e com comidas americanas muito saborosas e não tão artificiais.

Apesar das dificuldades que encontrou e da adaptação rápida que a viagem requis, Taianá criou uma relação afetiva extremamente forte com seus supervisores, que a tratavam como filha e lhe deram uma mala cheia de presentes e cartas. Além de ganhar um prêmio de destaque do ano pelos serviços prestados na estação de esqui. Ao retornar, destaca que faria pequenas mudanças em sua cidade natal. “Apenas acrescentaria um bom cinema e a Livraria Cultura na esquina da minha casa”, comenta.

Para os que ainda tem medo de se aventurar por esse mundão cheio de surpresas, a vacariana deixa seu recado.

“A gente é o resultado dos lugares que conhecemos, dos livros que temos, e das palavras que falamos. Então, vamos visitar lugares lindos, conhecer pessoas admiráveis e ler livros incríveis. Vamos curtir o frio ao máximo e agradecer a Deus quando o verão chegar”, finaliza.



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